quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Diga NÃO a VIOLÊNCIA contra a mulher



Hoje em dia a violência contra a mulher está muito rígida, pois muitos homens as maltratam, estrupame não as respeitam.A mulher é um ser divino e não é como papel higiênico, que se usa e joga fora.
Esse ser perfeito é o único que pode gerar uma vida dentro dela e dar a sua vida em troca do filho.
Muitas mulheres tem medo de abrir a boca pois, elas são ameaçadas de morte e de acontecer coisa pior com ela.
"Em 2 meses foram registrados 1.890 casos de violência contra a mulher"
Esse é o cúmulo da ignorancia as pessoas não tem coração para aceitar isso, pois quando fazem a primeira vez não querem parar.

Isso se torna um vício.

As mulheres tem que abrir a boca e protestar seus direitos, pois se não fizerem isso, a violência nunca irá acabar.


Elas tem que abrir a boca, pois se não as coisas só vão piorar.


                                           
Se você perceber alguma coisa estranha DENUNCIE!

DIGA NÃO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER :)...
...E AS RESPEITEM:).

VIOLÊNCIA - Leis antibullying estão em vigor em alguns estados e municípios

  O Ministério da Educação não desenvolve nenhum programa de combate ao bullying, mas alguns estados e municípios já aprovaram leis para tratar desse problema. É o que ocorreu, por exemplo, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul e nos municípios de São Paulo e Recife.                 No Rio Grande do Sul, há uma lei estadual que prevê a criação de políticas públicas antibullying nas instituições de ensino básico e de educação infantil. Medida semelhante está prevista em uma lei municipal aprovada neste ano pela Câmara dos Vereadores de Porto Alegre.
                No Mato Grosso do Sul, uma lei criou o programa de inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar no projeto pedagógico elaborado pelas instituições de ensino do estado. Proposta similar foi aprovada na capital do estado, Campo Grande, para adoção dessas medidas nas escolas municipais.
                Já na cidade de São Paulo, uma lei sancionada no ano passado incluiu medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying no projeto pedagógico elaborado pelas escolas municipais de educação básica.
                Em Recife, os vereadores aprovaram um projeto de lei que obriga a afixação de placas informativas alertando sobre os perigos da prática do bullying em escolas da rede pública.

Cefojor promove seminário sobre violência e papel dos médias na sociedade






  Luanda - O Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor)  realiza de 12 a 13 deste mês  na cidade de Menonge, um seminário regional sobre violência e papel dos médias na sociedade, dirigido a profissionais das províncias do Kuando Kubango e Moxico.


Uma nota da instituição  refere que os órgãos  públicos do Moxico serão representados no evento pelos respectivos directores.   


A acção formativa e informativa que contará com a participação de juristas, sociólogos e comunicólogos, tem como objectivo sensibilizar a sociedade angolana, em especial a classe jornalística das duas províncias para a prevenção da sociedade, apelando a mudança de práticas e comportamentos.  

Visa igualmente capacitar os jornalistas  para que possam dar melhor tratamento jornalístico dos temas relativos a problemática da violência, da família e direitos da criança.  


O programa contempla a realização de oficinas de Imprensa, Rádio e Televisão, a ser ministrada pelos prelectores António Quino, Luísa Damião, Africano Neto, Isidro Sanhanga e Albino Carlos.    


De acordo com o documento, no periodo de 11 a 14 de Agosto , o Cefojor promove na mesma cidade,  acções de formação e superação técnico-profissional "on job" nas vertentes de Televisão, Rádio e Imprensa nos órgãos públicos do Kuando Kubango. 


A capacitação compreende aspectos  ligados ao aperfeiçoamento da língua portuguesa, questões  técnicas sobre jornalismo, sendo ministradas pelos jornalistas e docentes universitários acima referidos.

Violência contra idosos preocupa


Apesar de toda a representatividade da classe idosa, não só em Campo Mourão, mas no Brasil, muitos deles ainda enfrentam problemas no que diz respeito à maus tratos.  No município, desde janeiro, o Centro de Referência Especializada em Assistência Social  registrou 14 denúncias de maus tratos. O número é considerado alto.

Hoje o perfil mudou, os idosos estão cada vez mais inseridos na sociedade. Somente com aposentadorias, em Campo Mourão, mais de R$24 milhões entram mensalmente. O que já era uma tendência há muitos anos deve ser confirmado este ano com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com as estimativas de 2009, por exempo, a população acima dos 60 anos já representava 7,8% da população total da cidade, um pouco abaixo dos índices nacionais que ficam em 12%. Apesar de toda a represen-tatividade, eles ainda enfrentam muitos problemas principalmente no que diz respeito a área criminal, maus tratos e abandono, desde janeiro, o Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) registrou 14 denúncias de maus tratos, número considerado alto.
            Segundo o presidente do Conselho Municipal do Idoso (CMI), o juiz aposentado Edgar Rubens Rieke a situação de Campo Mourão é parecida com a de outras regiões. “Percebemos um esforço geral das instituições que lidam com a terceira idade e podemos dizer que tem avançado muito. Temos uma legislação bastante avançada. O Estatuto do Idoso é um exemplo. É lógico que nunca vai ser perfeita, sempre comporta exceções.” Segundo o presidente, só o fato de ser necessário existir uma legislação específica já é um indicio de que alguém não respeita. “Toda lei comporta exceções, só existem as leis porque os problemas também estão por aí. Principalmente o abandono e os maus-tratos”, ressalta.
            Na classificação de maus-tratos entram tanto a violência psicológica quanto as físicas. “Quando os idosos são mal-tratados geralmente a agressão é feita por familiares. Netos, noras e quase sempre o filho. Muito raro registrar casos de violência sendo cometida pelas filhas”, aponta a coordenadora do Centro de Referência em Assistência Social (Creas), Marli Iore. Além da agressão propriamente dita, outro fato muito comum é o abandono, a falta de alimentação. “As vezes o idoso está deitado, não consegue se locomover e fica dias sem receber comida.”
            Desde novembro está sendo feito um trabalho de concentrar as denúncias contra os idosos no centro. “O trabalho tem dado muitos resultados. Hoje mesmo [ontem] recebemos uma ligação pelo disk denúncia e um senhor veio pessoalmente falar de uma agressão. Antes, a pessoa não sabia onde falar, agora estamos explicando que aqui é a porta de entrada. Nós vamos atrás para verificar a situação, avisamos a família e acompanhamos. Caso isso não resolva, acionamos o Ministério Público (MP) e pedimos o afastamento desse idoso”, diz.

Denúncias
            No primeiro semestre deste ano já foram registrados 14 denúncias. Número que a coordenadora considera dentro da média. “Infelizmente esses números se repetem em todo lugar. As cidades que não os tem é porque os casos não vem a público. O idosos volta a ser criança, fica sem defesas. Geralmente está acamado e não sai de casa, a violência fica restrita às quatro paredes da casa”, lamenta.
            Além das denúncias pelo telefone, ela citou que os vizinhos são poderosos aliados. “Eles estão todos os dias ao lado, sabem como está a situação. Mas sempre mantemos quem nos ajuda no mais absoluto sigilo, até porque a maioria dos agressores são usuários de drogas ou de bebidas alcoólicas e eles tem medo de que sofram represálias”, relata Marli. A terceira forma para que os maus-tratos tornem-se conhecidos acontece durante as visitas dos médicos e agentes de saúde da família. “Eles verificam as condições do idoso e percebem muitas vezes os hematomas como tatuagem na pele. Além disso, muitos se abrem com os agentes durante as consultas e isso é repassado aqui para o Creas”, completa.
            Antes de forçar a saída do idoso do local, a coordenadora lembra que é necessário um trabalho com a família. “Existe o problema do vínculo familiar, eles já estão em uma situação de agressão e vamos forçar mais uma? Não pode ser assim, tudo o que envolve pessoas tem de ter um tratamento delicado. O maior receio dos idosos é como será a volta ao lar. Mesmo que na maioria das vezes eles sejam transferidos para outros familiares e não com os que o agrediram”, fala.
Renda do Idoso é um dos motivos
            De acordo com o presidente do CMI outro problema ainda é o abuso da renda do aposentado. “Os idosos passaram a ter definitivamente presença econômica na casa e os aproveitadores usam isso”, explica. Marli acrescenta que a renda é um dos motivos para as agressões. “Não temos hoje nenhum caso de uma família com melhores condições financeiras que cometa violência contra os idosos. Sempre são aquelas que estão em processo de desorganização. O que o aposentado ganha sustenta a família ou então é uma parcela bem significativa, até porque é fixa, vem todos os meses”, diz.
            Quando o idoso é retirado da casa e levado para o Asilo com a notificação do MP, a renda dele também é transferida para lá. “Eles não querem isso, por isso ficam com a pessoa em casa e acabam mau-tratando”, finaliza Marli.

Existe outro lado
            Se os problemas continuam a existir, Rieke ressaltou que hoje o idoso já é visto de forma diferente. “Está melhorando muito, eles melhoraram bastante. Hoje o idoso procura as opções de lazer, sabem que existe atividade, gostam dos bailes. É um leque de atividades que estão tendo hoje, mesmo na área de saúde”, pondera.
            A aposentada Maria Dias Pianho, 82 anos, concorda. Ela passou 35 anos trabalhando como costureira e hoje passa os dias entre os artesanatos que adora e os trabalhos da casa. “Percebo que hoje ser idoso é bem mais fácil do que na época da minha mãe, por exemplo. Ainda faltam algumas coisas, o reconhecimento, a atenção nos atendimentos que nos são prestados, as pessoas ainda precisam tratar o idoso com mais respeito. As calçadas são um exemplo, como muitos tem dificuldade de visão, é complicado com os obstáculos de raízes de árvores e buracos”.
            Para atender a demanda de Maria, já está sendo implantado na cidade um projeto de Acessibilidade, o “Campo Mourão para Todos”. A ideia é transformar a cidade em um modelo para portadores de qualquer tipo de deficiência, idosos ou pessoas como necessidades   especiais temporárias. Um dos passos é a gradativa transformação das calçadas da cidade.

Alunos e escola: adversários ou aliados?

O senso comum mostra-nos que a relação entre aluno e escola apresenta múltiplas fases ao longo do caminho do indivíduo. Nos primeiros anos, nomeadamente creche e infantário, ou mesmo ensino básico, as crianças ficam ansiosas por ir para a escola: é lá que estão os seus colegas de brincadeiras, os educadores/professores são durante alguns anos os mesmos, pelo que as relações afectivas são intensificadas e todos os conceitos são apreendidos de forma agradável e lúdica.
A desvalorização do lado afectivo, a introdução de maior formalidade no relacionamento e a constante troca de professores consoante as disciplinas, faz com que se registe um esmorecimento nesta relação entre alunos e escola.
Em Portugal, o sistema educativo tem vindo a sofrer grandes alterações. Diminuíram substancialmente os alunos do 1º ciclo do Ensino Básico, procedeu-se à obrigatoriedade da escolarização até ao 9º ano, o ensino secundário foi palco de sucessivas e controversas transformações. O panorama escolar não é muito animador, conforme retratam os meios audiovisuais: alto índice de retenções, sendo a matemática o real «calcanhar de Aquiles» de qualquer Ministério da Educação, o abandono e absentismo escolar, a violência e indisciplina no espaço escolar. Por outro lado, a exigência do Ministério da Educação no cumprimento dos conteúdos programáticos, a falta de coesão entre o corpo docente, faz com que estes se alheiem dos alunos e não tenham disponibilidade para os problemas decorrentes da juventude.
Se os alunos são provenientes de famílias organizadas com razoável cultura e escolaridade, conseguem aprender e serem alunos com aproveitamento. Contrariamente, se provêm de uma base familiar desagregada, com inúmeros problemas, rapidamente caminham para a reprovação, indisciplina e mesmo violência. A este propósito, o "Jornal de Noticias" do dia 3 de Maio de 2004 relata uma notícia de um adolescente de 13 anos que se encontra em tratamento numa clínica de recuperação de toxicodependentes e que na escola "atirava cadeiras à professora", possuindo actualmente o segundo ano do ensino básico, não sabendo ler nem escrever, somente assinar o seu nome.
Felizmente, em muitas escolas, o panorama é diferente. A comunidade educativa organiza-se mesmo que minimamente e em conjunto, professores, alunos, pais e funcionários reflectem sobre as diversas temáticas ou problemas.
A organização pedagógica da escola é o pilar essencial para a prevenção dos problemas relacionados com o abandono, absentismo, indisciplina e violência.

A Violência doméstica contra a mulher.

Cresce a cada dia o número de mulheres assassinadas pelos companheiros, antes o vilão era o marido, hoje o namorado, rolo, ficante, a pessoa que esta do seu lado se sente no direito de tirar sua vida, se sente dono de você.


A violência doméstica é a violência explicita praticada no âmbito familiar, se dá entre o marido e a mulher, sogra, padastro, pai, filho, pessoas unidas por parentesco, a violência contra a mulher se inclui na violência doméstica, para isso foi criado em 2006 a Lei Maria da Penha, que aumenta a punição para o agressor da mulher no âmbito familiar.

Como todo mundo sabe, uma lei no papel é bem distante da realidade, a violência contra a mulher não vai acabar ou diminuir por causa de uma promessa de punição mais rigorosa, digo promessa porque a realidade é outra, um homem que mata a mulher pelo simples fato dela não o querer mais como companheiro, não chega a ficar 30 anos na prisão. O código penal brasileiro foi criado em 1940, onde a realidade era outra, onde o homem tinha princípios e a mulher já nascia com o destino de crescer se casar e ter muitos filhos.

Nossa realidade é bem diferente, hoje as mulheres estudam, trabalham e fazem as mesmas coisas que antes só eram feitas por homens, não dá pra continuar com uma lei tão frágil, onde uma pessoa que tem nível superior tem regalias, hoje se faz nível superior até pela internet! Não dá pra por um pedófilo que abusa e mata crianças, numa cela onde ele vai ter comida, água, energia e tudo mais que ele precisar as custas dos nossos impostos.


Não adianta criar uma lei onde os direitos da mulher é garantido, se no fim o que acontece é que o homem que mata uma mulher pode estar livre em 10 ou 15 anos, pronto pra matar a próxima, sem contar com os covardes que gostam de espancar, de humilhar, de impor autoridade, os homens não são melhores ou piores, são simplesmente iguais, somos iguais.

Este post, mostra minha indignação com as leis do meu país, com a falta de seriedade que é tratada a violência contra a mulher, com o descaso público, não dá mais pra fingir que não vê que essas leis são apenas palavras em papeis, que na realidade uma mulher que pede uma medida protetiva contra o marido, fica com um papel na mão onde diz que ele não pode se aproximar, mas ele não precisa estar tão perto pra matá-la e um papel não vai fazê-lo para ou desistir, muito menos impedi-lo.

O que precisa acontecer para nossa leis serem mudadas? Quem precisa morrer? O que mais terá que acontecer para alguém tomar a iniciativa? 


Eu não vou me calar, quero meus direitos de cidadã, quero ver mudanças! Chega de impunidade, chega de pagar para bandidos, assassinos, estupradores e pedófilos viverem de boa numa cela, comendo, bebendo ser fazer nada o dia todo, enquanto eu ralo pra sobreviver!  
Chega de ver mulheres lindas, com futuros brilhantes serem mortas porque o homem se sente dono delas e porque eles sabem que a lei é frágil, falha e desumana!

violência contra a mulher


O que é violência contra a mulher?


“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres...”
De onde vem a violência contra a mulher?

Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens são mais fortes e superiores às mulheres. É assim que, muitas vezes, os maridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham que têm o direito de impor suas vontades às mulheres.
Embora muitas vezes o álcool, drogas ilegais e ciúmes sejam apontados como fatores que desencadeiam a violência contra a mulher, na raiz de tudo está a maneira como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, o que por sua vez se reflete na forma de educar os meninos e as meninas. Enquanto os meninos são incentivados a valorizar a agressividade, a força física, a ação, a dominação e a satisfazer seus desejos, inclusive os sexuais, as meninas são valorizadas pela beleza, delicadeza, sedução, submissão, dependência, sentimentalismo, passividade e o cuidado com os outros.

Por que muitas mulheres sofrem caladas?


Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente. E ainda tem também aquela idéia do “ruim com ele, pior sem ele”.
Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em geral, é para outra mulher da família, como a mãe ou irmã, ou então alguma amiga próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número de mulheres que recorrem à polícia é ainda menor. Isso acontece principalmente no caso de ameaça com arma de fogo, depois de espancamentos com fraturas ou cortes e ameaças aos filhos.

O que pode ser feito?


As mulheres que sofrem violência podem procurar qualquer delegacia, mas é preferível que elas vão às Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher (DDM). Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados Especiais, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e em organizações de mulheres.
Tipos de violência

Violência contra a mulher - é qualquer conduta - ação ou omissão - de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.
 

Violência de gênero - violência sofrida pelo fato de se ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino.
 

Violência doméstica - quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação.
 

Violência familiar - violência que acontece dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more na mesma casa).
 

Violência física - ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma pessoa.
 

Violência institucional - tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem essas sociedades.
Violência intrafamiliar/violência doméstica - açontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.
 

Violência moral - ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da mulher.
 

Violência patrimonial - ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores.
 

Violência psicológica - ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal.
 

Violência sexual - acão que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros.
Consta ainda do Código Penal Brasileiro: a violência sexual pode ser caracterizada de forma física, psicológica ou com ameaça, compreendendo o estupro, a tentativa de estupro, o atentado violento ao pudor e o ato obsceno.


Fases da violência doméstica


As fases da situação de violência doméstica compõem um ciclo que pode se tornar vicioso, repetindo-se ao longo de meses ou anos.
Primeiro, vem a fase da tensão, que vai se acumulando e se manifestando por meio de atritos, cheios de insultos e ameaças, muitas vezes recíprocos. Em seguida, vem a fase da agressão, com a descarga descontrolada de toda aquela tensão acumulada. O agressor atinge a vítima com empurrões, socos e pontapés, ou às vezes usa objetos, como garrafa, pau, ferro e outros. Depois, é a vez da fase da reconciliação, em que o agressor pede perdão e promete mudar de comportamento, ou finge que não houve nada, mas fica mais carinhoso, bonzinho, traz presentes, fazendo a mulher acreditar que aquilo não vai mais voltar a acontecer.
É muito comum que esse ciclo se repita, com cada vez maior violência e intervalo menor entre as fases. A experiência mostra que, ou esse ciclo se repete indefinidamente, ou, pior, muitas vezes termina em tragédia, com uma lesão grave ou até o assassinato da mulher.

Homens e a violência contra a mulher

A violência é muitas vezes considerada como uma manifestação tipicamente masculina, uma espécie de “instrumento para a resolução de conflitos”.
Os papéis ensinados desde a infância fazem com que meninos e meninas aprendam a lidar com a emoção de maneira diversa. Os meninos são ensinados a reprimir as manifestações de algumas formas de emoção, como amor, afeto e amizade, e estimulados a exprimir outras, como raiva, agressividade e ciúmes. Essas manifestações são tão aceitas que muitas vezes acabam representando uma licença para atos violentos.
Existem pesquisas que procuram explicar a relação entre masculinidade e violência através da biologia e da genética. Além da constituição física mais forte que a das mulheres, atribui-se a uma mutação genética a capacidade de manifestar extremos de brutalidade e até sadismo.
Outros estudos mostraram que, para alguns homens, ser cruel é sinônimo de virilidade, força, poder e status. “Para alguns, a prática de atos cruéis é a única forma de se impor como homem”, afirma a antropóloga Alba Zaluar, do Núcleo de Pesquisa das Violências na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Saiba mais sobre masculinidades e violência acessando os sites do Instituto Promundo, Instituto Noos e Instituto Papai.

Violência e religião
A violência contra as mulheres é um fenômeno antiqüíssimo e considerado o crime encoberto mais praticado no mundo.

“Tem sido legalizado, através dos tempos, por leis religiosas e seculares, legitimado por diferentes culturas e por mitos da tradição oral ou escrita.”


· A legitimidade que a religião tem dado à subordinação da mulher não é essencialmente divina.
· Temos o direito de questionar e não aceitar aqueles aprendizados teológicos e religiosos que fomentam o poderio do homem e a subordinação da mulher, sustentando assim a violência.
· Deve-se “suspeitar” das imagens sagradas que possam estar legitimando uma relação violenta e que possa estar motivando uma eterna discriminação e desigualdade entre homens e mulheres.

 
Violência e saúde (física e psicológica)

A violência contra a mulher, além de ser uma questão política, cultural, policial e jurídica, é também, e principalmente, um caso de saúde pública. Muitas mulheres adoecem a partir de situações de violência em casa.
Muitas das mulheres que recorrem aos serviços de saúde, com reclamações de enxaquecas, gastrites, dores difusas e outros problemas, vivem situações de violência dentro de suas próprias casas.
A ligação entre a violência contra a mulher e a sua saúde tem se tornado cada vez mais evidente, embora a maioria das mulheres não relate que viveu ou vive em situação de violência doméstica. Por isso é extremamente importante que os/as profissionais de saúde sejam treinadas/os para identificar, atender e tratar as pacientes que se apresentam com sintomas que podem estar relacionados a abuso e agressão.

Violência e saúde mental

A mulher não deve ser vista apenas como uma “vítima” da violência que foi provocada contra ela, mas como elemento integrante de uma relação com o agressor que ocorre em um contexto bastante complexo, que às vezes se transforma em uma espécie de jogo em que a “vítima” passa a ser “cúmplice”.
A mulher às vezes faz uma denúncia formal contra o agressor em uma delegacia especializada para, logo depois, retirar a queixa. Outras vezes, ela foge para uma casa-abrigo levando consigo as crianças por temer por suas vidas e, algum tempo depois, volta ao lar, para o convívio com o agressor. São situações que envolvem sentimentos, forças inconscientes, fantasias, traumas, desejos de construção e destruição, de vida e de morte.

O custo econômico da violência doméstica

Segundo dados do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento:

· Um em cada 5 dias de falta ao trabalho no mundo é causado pela violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas.
· A cada 5 anos, a mulher perde 1 ano de vida saudável se ela sofre violência doméstica.
· O estupro e a violência doméstica são causas importantes de incapacidade e morte de mulheres em idade produtiva.
· Na América Latina e Caribe, a violência doméstica atinge entre 25% a 50% das mulheres.
· Uma mulher que sofre violência doméstica geralmente ganha menos do que aquela que não vive em situação de violência.
· No Canadá, um estudo estimou que os custos da violência contra as mulheres superam 1 bilhão de dólares canadenses por ano em serviços, incluindo polícia, sistema de justiça criminal, aconselhamento e capacitação.
· Nos Estados Unidos, um levantamento estimou o custo com a violência contra as mulheres entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões ao ano.
· Segundo o Banco Mundial, nos países em desenvolvimento, estima-se que entre 5% a 16% de anos de vida saudável são perdidos pelas mulheres em idade reprodutiva como resultado da violência doméstica.
· Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento estimou que o custo total da violência doméstica oscila entre 1,6% e 2% do PIB de um país.
Violência sexual e DSTs/contracepção de emergência

A violência sexual expõe as mulheres e meninas ao risco de contrair DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e de engravidar.
A violência e as ameaças à violência limitam a capacidade de negociar o sexo seguro. Além disso, estudos mostraram que a violência sexual na infância pode contribuir para aumentar as chances de um comportamento sexual de risco na adolescência e vida adulta.
Outra questão importante é que a revelação do status sorológico (estar com o HIV) para o parceiro ou outras pessoas também pode aumentar o risco de sofrer violência.

Cuidados após a violência sexual

Após a violência sexual a mulher (ou menina) pode contrair DSTs, como HIV/AIDS, ou engravidar. Para prevenir essas ocorrências, o Ministério da Saúde emitiu uma Norma Técnica (disponível no site do Cfemea, em pdf) para orientar os serviços de saúde sobre como atender as vítimas de violência sexual.
Mas, se mesmo assim ocorrer a gravidez, a mulher pode recorrer a um serviço de aborto previsto em lei em hospital público. É um direito incluído no Código Penal (artigo 128) e regulamentado pelo Ministério da Saúde.

Assédio sexual

O assédio sexual é um crime que acontece em uma relação de trabalho, quando alguém, por palavras ou atos com sentido sexual, incomoda uma pessoa usando o poder que tem por ser patrão, chefe, colega ou cliente.
Segundo o Código Penal - artigo 216-A, incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de maio de 2001 - o crime de assédio sexual prevê pena de detenção, de 1 a 2 anos.

Tráfico e exploração sexual de mulheres

No Brasil, a maioria das vítimas do tráfico de seres humanos são mulheres, que abastecem as redes internacionais de prostituição.
Em 2002, a Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual Comercial (Pestraf) identificou que as vítimas brasileiras das redes internacionais de tráfico de seres humanos são, em sua maioria, adultas. Elas saem principalmente das cidades litorâneas (Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife e Fortaleza), mas há também casos nos estados de Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Pará. Os destinos principais são a Europa (com destaque para a Itália, Espanha e Portugal) e América Latina (Paraguai, Suriname, Venezuela e Republica Dominicana).

Maltrato Infantil: As Faces da Violência

Pode adotar distintas formas, algumas mais fáceis de serem detectadas do que outras, mas todas denunciam um latente problema de saúde, que demanda abordagens multidisciplinares e soluções oportunas para cortar o ciclo da dor e resgatar a vítima de seqüelas importantíssimas, que a condicionará ao longo de sua vida".

Introdução

É considerado maltrato infanto-juvenil doméstico aquele que acontece dentro de casa, tendo como vítimas crianças e adolescentes e é geralmente cometido pelo responsável que deveria cuidá-los. Inclui basicamente quatro tipos de situações: o dano físico, o dano psíquico ou emocional, a negligência e/ou o abandono e o abuso sexual.

Cada uma tem formas específicas de manifestação, mas o que é comum a todas elas são os transtornos graves e crônicos no funcionamento familiar, que se transmitem de uma geração para a outra: 20 a 30% das crianças maltratadas convertem-se em adultos violentos.

Até a alguns anos atrás, pensava-se que o maltrato infantil era conseqüência de transtornos psicológicos individuais, alcoolismo, toxicomania, ou de carências financeiras ou educativas.
As investigações atuais demonstram que, na realidade, é o produto de uma conjunção de fatores relacionados ao modelo familiar e social que valida a violência como procedimento aceitável para a solução de conflitos.

Pode adotar distintas formas, algumas mais fáceis de serem detectadas do que outras, mas todas denunciam um latente problema de saúde, que demanda abordagens multidisciplinares e soluções oportunas para cortar o ciclo da dor e resgatar a vítima de seqüelas importantíssimas, que a condicionará ao longo de sua vida.

Em realidade, geralmente diferentes formas de violência ocorrem simultaneamente, mas de modo descritivo elas consistem em:

Maltrato físico


É o tipo de violência mais evidente e fácil de detectar. Trata-se de lesões provocadas por qualquer motivo, incluindo as reações a condutas indesejadas pelos pais ou responsáveis pela criança. Podem confundir-se com lesões acidentais, porém o olho treinado de um pediatra ou docente saberá distingüí-las.

Existem diferentes tipos: escoriações, hematomas, luxações, fraturas, queimaduras, feridas por objetos cortantes, desgarros, lesões vicerais. As lesões podem ser provocadas por impacto, penetração, calor, uso de substâncias caústicas, substâncias químicas ou drogas.

Em geral, quando o adulto leva a criança a uma consulta médica, existem vários fatores que levam a suspeitar que certas lesões não sejam acidentais. O pediatra suspeitará quando:
a) Existem discrepâncias entre o relato do acontecimento e as lesões que se observam. Por exemplo: lesões em ambos os lados do corpo ou com diferentes graus de evolução, com a alegação que foram ocasionadas por uma queda de bicicleta. A lógica indica que neste tipo de acidente observam-se lesões no setor sobre o qual caiu o paciente, fundamentalmente nas zonas expostas e nas proeminências ósseas.

b) O tempo transcorrido entre o suposto acidente e a consulta é prolongado, ocorrendo várias horas, dias ou semanas mais tarde.

c) A consulta é realizada durante a noite ou madrugada. Os responsáveis pelo mau trato sabem que o pessoal de plantão está cansado, menos alerta e menos disposto a aprofundar o interrogatório.

d) Existem outros "acidentes" (fraturas, lesões), atendidos anteriormente em diferentes centros assistenciais.

e) Ainda que o relato e a atitude dos pais durante a consulta possam ser de aparente preocupação e de extensiva colaboração com a equipe médica, percebe-se uma chamativa ausência de angústia quanto à gravidade das lesões. Isto não ocorre habitualmente com os pais de crianças acidentadas.

Maltrato emocional


É interessante destacar que é uma das formas de maltrato infantil mais difícil de diagnosticar. Geralmente, detecta-se quando associado a outros quadros severos de maltrato e ainda que confirmada a suspeita, a intervenção dos profissionais e/ou do sistema legal ocorre de forma mais cautelosa.

É a conseqüência da hostilidade verbal crônica em forma de burla, desprezo, crítica ou ameaça de abandono e constante bloqueio das iniciativas de interação infantil. Quem maltrata psiquicamente pode adotar atitudes tais como de humilhar a criança frente aos outros, privá-la de saídas e de sua integração social, utilizando para isto desde apenas evitar a socialização como até encerrar a criança em casa.

Pode-se ilustrar este tipo de maltrato dizendo que os filhos podem ser atingidos com atitudes, gestos e palavras, ou simplesmente rechaçando a individualidade da criança ou do adolescente de maneira tal, que impeça o seu desenvolvimento psicológico normal.

Os efeitos do maltrato emocional são observados:

· no vínculo afetivo entre a criança e o adulto;

· nos baixos níveis de adaptação e funcionamento social: dificuldade para estabelecer vínculos amistosos, problemas com os pares, problemas com a comunidade;

· nos problemas de conduta: agressividade, condutas destrutivas, condutas anti-sociais;

· nos transtornos na área cognitiva e na solução de situações problemáticas;

· nos fracassos escolares;

· na tristeza e depressão: baixa autoestima, instabilidade emocional, tendências suicidas, e

· nos temores e sintomas físicos (mais freqüentes nas crianças pequenas): síndrome de falta de progresso, perda do apetite, enurese.

Negligência e/ou abandono


Fala-se de negligência quando o adulto permanece junto ao filho, privando-lhe parcialmente e em grau variável de atenção adequada e necessária. Esta desatenção pode provocar quadros de desnutrição de segundo e terceiro graus (sem que haja a princípio nenhum fator orgânico determinante), descuido frente a situações perigosas e acidentes freqüentes, imunizações incompletas, deserções escolares, desconhecimento de atividades extra-familiares, desinteresse, etc.

Abuso sexual


É uma das formas mais graves de maltrato infantil, consiste na utilização de um menor para satisfação dos desejos sexuais de um adulto, encarregado dos cuidados da criança ou alguém no qual este confie. Qualquer tipo de aproximação sexual inadequada que aconteça entre menores de diferentes etapas evolutivas e/ou o uso de algum tipo de coerção (física ou emocional), também se considera abuso sexual.

O abuso sexual reiterado não distingue classe social, nem nível sócio-cultural, constitui um dos traumas psíquicos mais intensos e tem conseqüências sumamente destrutivas na personalidade da vítima.

Os indicadores específicos de abuso sexual infantil são:

Físicos


· Lesões nas zonas genital e/ou anal
· Sangramento pela vagina e/ou pelo ânus
· Infecções do trato genital
· Gravidez
· Qualquer um dos indicadores anteriores junto com hematomas ou escoriações no resto do corpo, como conseqüência do maltrato físico associado

Psicológicos


· Relato da vítma

Em crianças em idade pré-escolar também podem ser indicadores: condutas hipersexualizadas e/ou auto-eróticas; transtornos do sono (pesadelos, terrores noturnos); condutas regressivas; enurese; retração social; temores inexplicáveis ante pessoas ou situações determinadas.

Também podem ocorrer mudanças bruscas no rendimento escolar; problemas com figuras de autoridade; mentiras; fugas de casa; fobias; excessiva submissão frente ao adulto; coerção sexual dirigida a outras crianças; queixas somáticas (dores de cabeça e abdominais); delinqüência.

Nos adolescentes alguns indicadores de abuso sexual são: prostituição; coerção sexual dirigida à crianças; promiscuidade sexual; uso de drogas; condutas auto-agressivas; delinqüência; excessiva inibição sexual; anorexia e bulimia.

Nos adultos pode-se observar transtornos psiquiátricos; disfunções sexuais; transtornos alimentares.

Seqüelas e reabilitação


Os maus tratos na infância deixam seqüelas no desenvolvimento emocional das vítimas e se tornam praticamente irreversíveis quando o maltrato for crônico. Entre os antecedentes de jovens e adultos com transtornos graves de personalidade (neuróticos), encontra-se sempre alguma forma de maltrato na infância e na adolescência.

Segundo especialistas, nos casos de maltrato físico, emocional e negligência, a reabilitação familiar é possível em 70 ou 75%, sempre que se cumpram os tratamentos indicados. Nos casos de abuso sexual a possibilidade de reabilitação é variável, porque com freqüência se torna impossível restabelecer a convivência.

É muito importante, quando se suspeita ou se confirma o maltrato infantil, avaliar o grau de risco familiar antes que a criança volte para casa. Isto requer tempo e a intervenção de uma equipe interdisciplinar especializada composta de médicos, psicólogos, assistentes sociais e advogados.

Por outro lado, o assessoramento e a intervenção planificada a nível governamental e comunitário são fundamentais para evitar que as vítimas fiquem expostas a uma situação de risco pior que o motivo da consulta.

Palavras chave: maltrato infantil, abuso sexual, castigos, drogas, traumas.

Bulling Nas Escolas

BULLYNG NAS ESCOLAS
 
Bulling é uma discriminação, feita por alguns cidadãos contra uma única pessoa. Mas não é uma coisa simples, que se pode vencer de um dia para o outro. Bulling é um mal que se carrega durante um período da vida muitíssimo grande. Quando alguém diz que seu cabelo está estranho, você provavelmente vai correndo para o espelho mais próximo para se arrumar. Agora imagina duas, três, dez pessoas, todo o dia, falando mal do seu cabelo, de coisas que você não tem culpa por ter ou muitas vezes por não ter. Sim, isso seria completamente insuportável, quer dizer, sua alto estima fica lá embaixo, e os malvados causadores do bulling seriam os heróis. O que você faria? Se mataria? Sim, existem crianças que se suicidam, mas não com a idéia de que a vida delas é uma droga, e, sim, de que eu vou morrer porque sou feia e tudo que eles dizem é verdade.
Apelidos como "rolha de poço", "baleia", "quatro olhos", vara pau entre outros  e atitudes como chutes, empurrões e puxões de cabelo.  Alunos "esforçados" que geralmente sofrem  represalias por parte de seus colegas em geral não por caracteriticas fisicas mas também intelectuais  são comportamentos típicos de alunos em sala de aula. Brincadeiras próprias da idade? Não. São atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente e que caracterizam o chamado fenômeno bullying.

                 Sem equivalente na língua portuguesa, bullying é um termo inglês utilizado para designar a prática desses atos agressivos. As conseqüências são o isolamento, a queda do rendimento escolar, baixa auto-estima, depressão e pensamentos negativos de vingança.

               Estudos mundiais revelam que, de 5% a 35% dos alunos estão envolvidos nesse tipo de comportamento. No Brasil, alguns estudos demonstraram que esses índices chegam a 49%.

O encontro abordará o fenômeno nos seus diversos aspectos: escolar, familiar, social, cultural, ético-legal e saúde. O foco principal do evento será o debate, com o objetivo de despertar os profissionais para que se envolvam e se comprometam com a problemática. "A proposta não se limita apenas a discutir medidas pontuais, mas elaborar ações estratégicas que auxiliem a parceria escola-família a romper com a dinâmica bullying", explicou Cléo Fante, membro da comissão organizadora, pesquisadora e autora do livro Fenômeno Bullying, da Editora Verus.
Com os avanços da tecnologia, esse constrangimento saiu das escolas onde era um lugar comum dessa prática e  partiu para internet e ganhou força. A nova prática recebeu o nome de “Cyberbulling” e se infiltrou em correios eletrônicos, blogs, Orkut, Msn, etc. O agressor nesse caso, muitas vezes escondido atrás de um apelido, dissemina sua raiva e felicidade enviando mensagens ofensivas a outras pessoas. Em muitos casos, ele exibe fotos comprometedoras, altera o perfil das vítimas e incita terceiros a reforçar o ataque. O único propósito é a humilhação da vítima e isolamento daquele que é considerado mais fraco ou diferente.
 “Quem agride, quer que o seu alvo se sinta infeliz como na verdade ele é. É provável que o agressor também tenha sido humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua própria frustração e impotência”(Maluh Duprat).
 Não é interessante responder às provocações, pois isso aumentaria a raiva do agressor e é exatamente isso que ele quer. “Outra coisa importante é não manter segredo da ofensa, intimidando-se. Pode ser um bom momento de lidar com os próprios complexos, de superar com a ajuda da família ou dos superiores no trabalho uma situação de confronto maior que seus recursos internos”.
           Bulling não é nada bom, e se você conhece alguém que sofre com isso, ajude-o. Pois você se beneficiará com uma nova amizade ou quem sabe salvando uma vida.

Violência no Brasil, outro olhar


A repressão controlada e a polícia têm um papel crucial no controle da criminalidade
A violência se manifesta por meio do abuso da força, da tirania, da opressão. Ocorre do constrangimento exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a fazer ou deixar de fazer um ato qualquer. Existem diversas formas de violência, tais como as guerras, conflitos étnico-religiosos e banditismo.
A violência, em seus mais variados contornos, é um fenômeno histórico na constituição da sociedade brasileira. Desde a escravidão, primeiro com os índios e depois, e especialmente, a mão de obra africana, a colonização mercantilista, o coronelismo, as oligarquias antes e depois da independência, tudo isso somado a um Estado caracterizado pelo autoritarismo burocrático, contribuiu enormemente para o aumento da violência que atravessa a história do Brasil.
Diversos fatores colaboram para aumentar a violência, tais como a urbanização acelerada, que traz um grande fluxo de pessoas para as áreas urbanas e assim contribui para um crescimento desordenado e desorganizado das cidades. Colaboram também para o aumento da violência as fortes aspirações de consumo, em parte frustradas pelas dificuldades de inserção no mercado de trabalho.
Por outro lado, o poder público, especialmente no Brasil, tem se mostrado incapaz de enfrentar essa calamidade social. Pior que tudo isso é constatar que a violência existe com a conivência de grupos das polícias, representantes do Legislativo de todos os níveis e, inclusive, de autoridades do poder Judiciário. A corrupção, uma das piores chagas brasileiras, está associada à violência, uma aumentando a outra, faces da mesma moeda.
As causas da violência são associadas, em parte, a problemas sociais como miséria, fome, desemprego. Mas nem todos os tipos de criminalidade derivam das condições econômicas. Além disso, um Estado ineficiente e sem programas de políticas públicas de segurança, contribui para aumentar a sensação de injustiça e impunidade, que é, talvez, a principal causa da violência.
A violência se apresenta nas mais diversas configurações e pode ser caracterizada como violência contra a mulher, a criança, o idoso, violência sexual, política, violência psicológica, física, verbal, dentre outras.
Em um Estado democrático, a repressão controlada e a polícia têm um papel crucial no controle da criminalidade. Porém, essa repressão controlada deve ser simultaneamente apoiada e vigiada pela sociedade civil.
Conforme sustenta o antropólogo e ex-Secretário Nacional de Segurança Pública , Luiz Eduardo Soares: "Temos de conceber, divulgar, defender e implantar uma política de segurança pública, sem prejuízo da preservação de nossos compromissos históricos com a defesa de políticas econômico-sociais. Os dois não são contraditórios" .
A solução para a questão da violência no Brasil envolve os mais diversos setores da sociedade, não só a segurança pública e um judiciário eficiente, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão a melhoria do sistema educacional, saúde, habitacional, oportunidades de emprego, dentre outros fatores. Requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões e soluções desse problema de abrangência nacional.